Emissões globais de gases-estufa vão crescer 43% até 2035, estima EIA



Administração de Informações sobre Energia (EIA, na sigla em inglês), principal órgão norte-americano sobre consumo energético, informou no dia 25 de maio, que as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) irão crescer de 29,7 bilhões de toneladas (2007) para 42,4 bilhões de toneladas até 2035, caso os países deixem de traçar e cumprir um acordo mundial capaz de frear tamanha quantidade de poluentes na atmosfera.
De acordo com o relatório anual da EIA sobre as perspectivas energéticas em longo prazo, boa parte do aumento de emissões será registrado em países com processo acelerado de desenvolvimento, como China e Índia, onde a demanda por eletricidade tende a crescer gradativamente.
“Com crescimento econômico forte e considerável dependência contínua de combustíveis fósseis previstos para a maioria das economias não integrantes da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), dentro das políticas vigentes, boa parte do aumento projetado das emissões de dióxido de carbono ocorrerá entre esses países em desenvolvimento, projeta o relatório da EIA.
Segundo a agência, a ausência de políticas nacionais para emissões e a falta de acordos internacionais com força de lei para combater as mudanças climáticas, fazem com que o consumo global de carvão esteja previsto para subir de 132 quatrilhões de unidades térmicas britânicas (BTUs) em 2007 para 206 quatrilhões de BTUs em 2035, acrescentou a EIA.
De acordo com a agência Reuters, os países ricos e as nações em desenvolvimento encontram dificuldades para estabelecer um pacto que reduza as emissões de gases estufa de forma suficiente para prevenir as estiagens, ondas de calor e enchentes previstas para ocorrer em função do aquecimento global.
A lei ambiental norte-americana, que se encontra paralisada e, caso aprovada, poderá ajudar a unir os países, enfrenta futuro incerto, já que tem a oposição de parlamentares de estados produtores de carvão e petróleo. O país é o segundo maior emissor de gases-estufa no mundo, atrás apenas da China.

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