Nuclear? Não, Obrigado!



Há quem diga que os ataques às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki tenham sido uma resposta estadunidense ao bombardeamento da base de Pearl Harbor quatro anos antes. Pouco importa. O sentimento de dor permanece até hoje e as feridas ainda não foram cicatrizadas mesmo depois de 66 anos.

Esse tipo de fato me faz refletir sobre a potencialidade destrutiva que o ser humano possui e como ele sabe usar isso com maestria. Nada justifica uma guerra e nada justificou o uso de armas nucleares (ou armas de destruição em massa, como preferir, dá tudo no mesmo) durante o conflito, que durou de 1939 até 1945. Me faz pensar e repensar se é esse mundo que eu quero deixar para os meus filhos: onde o interesse de poucos sobrepujam o direito de muitos. Nessa situação é melhor não ter filhos, ou parafraseando Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas, não transmitir a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Hoje é comum isso acontecer. As pessoas que deveriam defender nossos anseios estão preocupadas apenas em encher cada vez mais seus bolsos de dinheiro, pouco preocupadas com os cidadãos de Caitité, por exemplo, que bebem água com níveis absurdos de radiação. Isso é uma vergonha (agora parafraseando Boris Casoy). Só recordando, a base de uma bomba atômica é a mesma usada por usinas nucleares, só que essas geram energia de forma "controlada". Veja: foram bem mais de 220 mil pessoas mortas pulverizadas em menos de um minuto no Japão, o acidente em Chernobyl liberou 400 vezes mais radiação que as bombas japonesas e fez com que 130 mil pessoas evacuassem a cidade e mais recentemente os alimentos contaminados após desastre em Fukushima. Ora, se somos reféns dessa forma de geração de energia, ela não é tão benéfica quanto pregam. É, realmente, insegura. Eu não quero viver na insegurança. Eu não quero Energia Nuclear.

Mas não adianta apenas algumas pessoas tentarem mudar o mundo. Tá certo, você deve ter pensado naquele lugar-comum "uma andorinha só não faz verão" e está repleto de razão. So join us!! Junte-se a nós na luta contra o desmatamento na Amazônia e energia nuclear. Seja ativo, defenda os seus direitos. Seja verde. Amarelo. Seja brasileiro.
Juntos podemos fazer muito.

Escrito por Carlos Alberto, voluntário do Greenpeace Manaus.
A postagem exprime opiniões do autor, portanto de sua responsabilidade.

Deixe as Baleias Namorarem


Águas límpidas, temperatura agradável, comida à vontade. Que clima romântico! Não é à toa que as baleias Jubarte escolhem este paraíso para se reproduzirem a amamentar seus filhotes todos os anos. Estamos falando de Abrolhos, o primeiro Parque Nacional Marinho brasileiro, lar de inúmeras espécies de tartarugas, peixes e recifes de coral. Trata-se da mais importante zona de biodiversidade do Atlântico Sul.

Mas nem tudo é tão lindo como do jeito que gostaríamos que fosse. O governo, por exemplo, já licitou 13 blocos de exploração na região. Um acidente como o do Golfo do México pode ser fatal para a natureza e colocar fim no turismo e pesca na região, atividades responsáveis pela sobrevivência de mais de 80 mil pessoas.

É por isso que o Greenpeace Brasil pede ao governo e às empresas uma moratória de 20 anos na exploração do gás e do petróleo em Abrolhos. Em 1503 Américo Vespúcio pôs em sua carta de navegação que "Quando te aproximares da terra, abre os olhos". Agora é hora de os arregalar, prestar bastante atenção e tentar impedir que o quarto de núpcias das baleias Jubarte fique inabitável, inclusive para nós.

Ajude o Greenpeace nessa empreitada. Assine e divulgue a nossa petição e deixe as baleias namorarem.