Cientista estima que até 2% de todo o gelo do mundo sumirá em dez anos

ação humana foi responsável pelo desaparecimento de 1% do gelo das regiões polares nos últimos séculos e este número deverá dobrar nos próximos dez anos, segundo afirmou o pesquisador do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Francisco Eliseu Aquino.
Há cinco anos, os cientistas levantaram a hipótese de que apenas as geleiras de grandes montanhas contribuiriam para o aumento do nível do mar. Hoje, no entanto, sabe-se que a Antártica e a Groenlândia também farão com que os oceanos cresçam de 60 centímetros a 1 metro nos próximos 100 anos.

“A Groenlândia, que conta com 7% do volume de gelo do planeta, tem um derretimento superficial muito maior do que o esperado. Chegamos a pensar que a massa de gelo havia se estabilizado, mas nos enganamos. E esta região contribui para o aumento do nível do mar, assim como o Norte da Antártica, ressaltou Aquino ao jornal O Globo.
Caso derreta, o gelo marinho flutuante do Ártico provocará o aumento de temperaturas, pois como reflete a luz do sol ele é fundamental no equilíbrio térmico da região. Esse gelo, contudo, não contribui para o aumento dos oceanos, porque a massa que o compõe já está na água.
Perfurações
O glaciologista Jefferson Cárdia Simões fundou o projeto Clima da Antártica e América do Sul (Casa, na sigla em inglês), com o objetivo de estudar as consequências das mudanças climáticas tanto aqui como no chamado continente gelado. Ele apresentará novos estudos na reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
“Fizemos perfurações nos Andes e na Antártica para, através das amostras de gelo, colher dados sobre o clima de até cinco mil anos atrás”, explicou Eliseu Aquino, integrante do projeto. “Assim, conseguiremos identificar os ciclos de fenômenos como o El Niño, além da velocidade de outras transformações. Quando elas acontecem há muito tempo, são ciclos naturais. Se tiveram uma aceleração brusca, devemos atribuí-las à ação humana”, concluiu.

Pressa da Petrobras na exploração do pré-sal ignora o princípio da precaução.

Divulgados recentemente pelo jornal O Globo, os planos da Petrobras para acelerar em três meses o cronograma de exploração do campo de petróleo de Tupi, no pré-sal brasileiro — fazendo com que extração do óleo coincida com o auge da campanha eleitoral – revela que a empresa estaria subestimando o risco de um acidente, como aconteceu no Golfo do México com a petroleira BP.
“Esta decisão da Petrobras de apressar o cronograma é preocupante, pois como a própria ANP já reconheceu, a exploração do pré-sal demandará a criação de um Plano Nacional de Contigência, para lidar com acidentes em campos submarinos,” disse ao blog Adriano Pires, um dos maiores especialistas do mercado de energia do país.
Contando com a participação da própria ANP, do Ibama e do Ministério da Marinha, o Plano Nacional de Contingência ainda não tem data para sair do papel.
Recentemente, a Global Renewable Fuels Alliance, a GRFA, instituição que representa 60% dos produtores de combustíveis renováveis produzidos mundialmente, divulgou um relatório no qual incluía o Campo de Tupi, localizado na Bacia de Santos, entre as 10 áreas de exploração offshore mais perigosas do mundo.
A justificativa dada pela GRFA para o alto risco de Tupi é justamente a camada de sal, de aproximadamente 2 km de espessura, que é similar em viscosidade ao lodo, uma formação geológica instável cuja exploração tem sido tradicionalmente evitada.
Por outro lado, é preciso reconhecer a competência da Petrobras na exploração de óleo em águas profundas e também que o acidente envolvendo a BP foi causado por uma série de erros, incorridos pela companhia britânica sobretudo por tentar economizar no setor de segurança.
Mas Pires vê similaridades entre o acidente da BP e o cenário do mercado de petróleo no Brasil.
“Em grande medida, o acidente da BP aconteceu porque as petroleiras conseguiram capturar a agência Minerals Management Service, o órgão do governo americano responsável por supervisionar a perfuração de poços no Golfo do México”, diz.
“Já no Brasil, a ANP foi capturada pela própria Petrobras e por partidos políticos, como o PCdoB e o PT,” conclui.
De fato, a pressa da Petrobras contradiz  o chamado “princípio da precaução”, enunciado durante a Conferência Rio 92.
Ele diz o seguinte: “a fim de proteger o meio-ambiente, a abordagem precaucionária deverá ser aplicada pelos Estados de acordo com a sua capacidade. Onde houver ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a falta de certeza científica completa não deverá ser usada como razão para se adiar a adoção de medidas capazes de prevenir a degradação ambiental.”

China luta para conter petróleo e afasta equipe do Greenpeace‏


A China lutou para manter a crescente mancha de petróleo longe das águas internacionais nesta terça-feira (20).
Seu desafio é limpar a mancha próxima da costa de Dalian, já conhecida como a melhor cidade da China para se viver. Uma das técnicas é usar bactérias que digerem petróleo.
Petróleo cru havia começado a vazar para o mar Amarelo, a partir de um importante porto no nordeste do país, depois que um duto explodiu no fim da semana passada.
O encanamento pegou fogo por ao menos 15 horas, e a mancha de óleo já se espalha por uma área de 180 quilômetros quadrados do oceano.
A ONG ambiental Greenpeace tentou verificar se o maior vazamento já relatado do país era maior que o anunciado oficialmente.
Ela tirou várias fotos da região nesta terça-feira (20), antes que a equipe fosse forçada a se retirar.
Fotos mostraram praias rochosas cobertas de petróleo, trabalhadores carregando colega sujo com óleo, entre outros.
Ativistas disseram que era muito cedo para dizer qual seria o impacto que a poluição causaria à vida marinha.

Ferramenta super legal da internet - googlemaps/facebook - para medir o impacto de um possivel vazamento em uma area de moradia.

http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/climate-change/Deepwater-horizon/

Futuro presidente terá setor de energia forte, mas caro.

SÃO PAULO (Reuters) - O próximo presidente da República receberá de seu antecessor uma controversa herança na área de energia elétrica. Organizado e com forte marco regulatório, o setor tem tarifas caras devido a encargos e impostos que afastam e dificultam investimentos.
Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais de uma dezena de usinas hidrelétricas foram a leilão, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), incluindo Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, na Amazônia. Elas garantirão grande oferta de energia, mas tiveram dificuldades em questões ambientais.
Somado a isso, o aumento das usinas termelétricas e os novos leilões de fontes alternativas fazem com que especialistas ouvidos pela Reuters descartem a necessidade de racionamento de energia no Brasil nos próximos anos.
Mas, de acordo com a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), entre 2003 e 2009 até agosto o preço médio do megawatt-hora (MWh) industrial subiu 72 por cento, para 227 reais. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), enquanto isso, acumulou alta de 46 por cento nesse intervalo.
"Estamos herdando uma tarifa elevada. As usinas estão mais caras e ainda temos encargos e impostos", observou o diretor técnico-regulatório da Abrace, Luciano Pacheco. Para ele, o futuro presidente da República terá que enfrentar a questão de preços já no início do seu mandato. "Há um sério risco de desinvestimentos no setor", alertou.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, "conseguimos tarifas de geração competitivas, mas é preciso avaliar o cunho fiscal para o consumidor final".
A questão de impostos nas tarifas passa pela reforma tributária, já que grande parte dos encargos de energia para o consumidor vem do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), estadual.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, concorda que a tarifa é prejudicial. "Mas o preço não vem do modelo, é extra-setorial", rebateu o presidente da EPE, que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES
Outro assunto urgente é a renovação das concessões no setor elétrico, lembra o professor Rodrigo Moita, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Em 2015, cerca de 20 por cento da capacidade de geração no Brasil, 58 por cento da distribuição e 82 da transmissão terão concessões encerradas. As alternativas, na opinião de especialistas, são mudar a legislação para prorrogar os contratos ou realizar novos leilões.
"A renovação das concessões será um grande problema, é difícil saber se vai renovar ou refazer", disse o professor do Insper. Ele acredita que seja mais prática a renovação. "Além disso, se houver nova licitação, a atual empresa tem mais chance de ganhar. Por isso, é mais provável que o próximo governo deixe com o atual dono", opinou.
O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da entidade, José Mascarenhas, menciona um terceiro ponto a ser enfrentado: a demora na concessão de licenças ambientais.
"Isso faz com que o uso das termelétricas aumente. O atraso na concessão de licenças ambientais é um problema ambiental e social. O povo parece não saber que quando se usa energia térmica, o preço a ser pago é maior", disse.
OFERTA SUFICIENTE
Segundo a Aneel, o Brasil possui 109.787 megawatts (MW) de potência, quase 70 por cento por hidrelétricas. A capacidade atual é 36,7 por cento maior que a de 2002. Nesse mesmo período, a economia brasileira acumulou crescimento de cerca de 31 por cento.
"O novo presidente vai receber um setor com marco regulatório aceito por todos os agentes, que tem se mostrado eficiente para o crescimento do setor", destacou Tolmasquim.
De acordo com ele, uma herança positiva será o fato de que dos 63.480 MW que se estima serem necessários para os próximos 10 anos para suprir o aumento da demanda por energia no país, 66 por cento já foram contratados.
"Nos próximos quatro anos haverá um excedente de 5.800 MW. Isso significa que se energia fosse a única condição, o Brasil poderia crescer 7,5 por cento ao ano até 2014", afirmou o presidente da EPE.
Mascarenhas, da CNI, também destacou a definição pelo atual governo de "um novo marco regulatório que tem funcionado", após o apagão no país em 2001 e 2002. "Não deve acontecer um apagão porque existe um sistema alternativo de termelétricas."
Para o professor Moita, do Insper, as usinas térmicas são uma garantia de que não faltará energia. "Se tivéssemos apenas hidrelétricas, o parque energético teria que ser gigante, com muitas usinas", observou.
De acordo com a Aneel, as termelétricas somam 27.571 MW, ou cerca de 25 por cento de toda a matriz brasileira. Elas são acionadas apenas quando os reservatórios nas hidrelétricas estão em níveis baixos.

Semmas atuará no Espaço da Cidadania Ambiental do Manauara Shopping

A Prefeitura de Manaus será um dos parceiros no desenvolvimento de atividades de educação ambiental dentro do Espaço da Cidadania Ambiental, o Ecam, que o Manauara Shopping inaugura nesta sexta-feira (23), a partir das 18h. O espaço, situado no Mezanino do Piso Açaí, será o primeiro localizado num empreendimento desta natureza voltado exclusivamente para a disseminação de boas práticas em relação ao meio ambiente. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), um dos órgãos envolvidos com o funcionamento do espaço, já está com a programação de atividades definidas até o fim do ano. Serão realizadas palestras, oficinas de reaproveitamento de resíduos sólidos, exposições, apresentação de peças de teatro com temáticas ambientais e jogos educativos. A Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias
(Vemaqa) abrirá o cronograma de atividades este mês. A Semmas será a segunda instituição a ocupar o Ecam. O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, estará presente à solenidade de inauguração do espaço, representando o prefeito Amazonino Mendes.

Greenpeace x BP

Muitos blogs por ai vem afirmando que o Greenpeace se omitiu em relação ao derramamento de óleo no Golfo do México, considerado o pior acidente ambiental da história.

Mas é só acompanhar os sites do Greenpeace Brasil e Internacional que é possível ver uma série de protestos e notas criticando e comentando a atuação da BP (British Petrolium) em conter o vazamento.

O velho argumento de que o Greenpeace só atua em nações em desenvolvimento, afim de conter sua economia para que não se desenvolvam é uma falácia, como pode ser comprovado pelos links abaixo:

Campanha do Greenpeace para alterar o logo da BP
http://beagleclub.blogspot.com/2010/06/greenpeace-em-campanha-para-british.html


Chorando sobre óleo derramado
Nova tentativa de contenção do vazamento fracassa. Em tom de pessimismo, BP prevê que o desastre dure pelo menos mais dois meses. Os impactos são imensuráveis.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Chorando-sobre-oleo-derramado/

Folga para os mares
Obama estipula moratória de seis meses para novos poços de petróleo em alto mar nos Estados Unidos, tempo insuficiente para mudança efetiva em direção a um futuro renovável.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Um-pequeno-passo-para-a-humanidade/

Um peso, duas medidas
Últimas do Golfo: ativistas indiciados por manifestarem contra exploração de petróleo no Ártico. Enquanto isso, BP aguarda avanços em contenção.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Um-peso-duas-medidas/

Depois de um erro, vem o outro
Ativistas usam óleo recolhido do vazamento no Golfo do México para pintar navio, em protesto contra plano de exploração de petróleo no Ártico chefiado pela Shell.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Depois-de-um-erro-vem-o-outro/

Mãos lavadas em óleo
Em audiência no Senado americano, as empresas envolvidas no vazamento de petróleo no Golfo do México passam a culpa adiante, enquanto mancha avança pelo litoral. 
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Elas-lavam-as-maos-em-oleo/

Dano incalculável
Óleo não para de vazar no Golfo do México e deixa governo americano incapaz de medir o alcance e o impacto do acidente. Greenpeace cobra moratória de exploração em alto mar. 
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Desastre-incalculavel/

Desastre para ficar na história
Local de reprodução de várias espécies de mamíferos, aves e peixes, alguns em perigo de extinção, o Golfo do México e a costa da Lousiana estão banhadas em óleo. 
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Desastre-para-ficar-na-historia/

A mancha negra
Acidente com plataforma de petróleo espalha óleo pelo Golfo do México e dúvidas sobre um modelo energético prejudicial à saúde humana e ambiental. 
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/A-mancha-negra/

Deepwater Horizon - Harvey Explorer
http://www.greenpeace.org/international/en/multimedia/photos/Deepwater-Horizon---Harvey-Explorer/

Putting Obama's Arctic drilling announcement in perspective
http://www.greenpeace.org/international/en/news/Blogs/climate/putting-obamas-arctic-drilling-announcement-i/blog/11969

Arctic drilling next? Hell no!
http://www.greenpeace.org/international/en/news/Blogs/makingwaves/arctic-drilling-next-hell-no/blog/11830

Protest at BP's London headquarters
http://www.greenpeace.org/international/en/multimedia/photos/Protest-at-BPs-London-headquarters/

Mr Hayward – this is not a ‘tiny’ matter...
http://www.greenpeace.org/international/en/news/Blogs/makingwaves/mr-hayward-this-is-not-a-tiny-matter/blog/11808