Ponto Verde 2011: Largo Mestre Chico.



É um faroeste caboclo. Não o cantado por Renato Russo, o poético, mas sim um real que nos bate à porta e dá um soco no estômago. Enlutamos não só por nossas florestas, que agora dependem do Senado Nacional para permanecerem de pé, mas também por José Cláudio e Maria do Espírito Santo, por Adelino Ramos, pela triste "Morte e Vida Severina". Paz na floresta é pelo que clamamos. Floresta para as futuras gerações, é o que queremos.


Carregado de força de vontade e com o espírito inquieto diante de tais acontecimentos, o Grupo de Voluntários do Greenpeace em Manaus realizou no dia 29 de maio, no Largo Mestre Chico, uma atividade de recreação e sensibilização a respeito do Código Florestal e Energia Nuclear. A alegria contagiante das crianças que puderam se divertir com o jogo Paz na Floresta e pintar o rosto, foi o combustível e os voluntários, os veículos para passar a mensagem da preservação. Os adultos, sempre receptivos, ficavam à vontade no espaço montado e levavam materiais das campanhas do Greenpeace depois de receberem nossas informações.

Há esperança de mudanças. E ela cresce junto de cada cidadãozinho, o futuro de nosso país. Talvez, com eles, faroeste volte a ser apenas cenário de filmes de caubóis americanos.

Visite nosso Facebook e veja mais fotos desta atividade.



Projeto Escola 2011: Escola Municipal Lírio do Vale

Neste último sábado (21/05/2011) o Projeto Escola, do Grupo de Voluntários do Greenpeace Manaus, esteve em mais uma escola da cidade.  Participaram da atividade 4 voluntários: Mariah, Ricardo, Rafaela e Ronaldo.

A atividade consistiu em educação ambiental para crianças e adultos, distribuição de material de campanha, e doação de mudas de plantas ornamentais e  frutíferas. 

  

Atendemos a um público bastante receptivo, com vontade de aprender, com seus questionamentos  e suas idéias, entre alunos, professores e comunidade.  Pela parte da manhã tivemos um resultado de mais ou menos 250 pessoas, que visitaram nosso stand.



Coquetel distribuído

  

Abordamos com crianças sobre os cuidados com o meio ambiente, e com adultos sobre o Código Florestal.



O grupo de Manaus teve uma manhã de sábado bem produtiva, levando a comunidade informações importantes sobre o Meio Ambiente, uma mensagem que deve ser repassada às crianças e executada por todos, para que tenham um futuro melhor.




Por: Rafaela Maia

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Sem Código Florestal, Devastação Avança na Amazônia

Área destruída é maior que Goiânia. Para técnicos do IBAMA, motivo é expectativa de mudanças no Código Florestal.
BRASÍLIA. O desmatamento da Amazônia cresceu muito e está fora de controle em Mato Grosso, onde 753,7 quilômetros quadrados de floresta foram derrubados entre agosto de 2010 e abril deste ano. No período anterior, de agosto de 2009 a julho de 2010, o desmatamento em Mato Grosso tinha sido bem menor: de 661 quilômetros quadrados.

A área destruída agora é maior que Goiânia. Como ainda faltam ser computados três meses, para fechar o período de análises do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mede o desmatamento via satélite, o IBAMA espera que a destruição ultrapasse 1.400 quilômetros quadrados, área maior que a cidade do Rio de Janeiro. Se confirmado, o número representará aumento de 53% com relação ao mesmo período do ano passado. Os números do desmatamento em toda a região serão divulgados hoje, em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Desmatamentos ostensivos, com uso de "correntões".
Técnicos do IBAMA, que trabalham nas operações de combate ao desmatamento, dizem que as infrações vêm sendo cometidas devido à expectativa de mudanças no Código Florestal. Embora as negociações entre o governo e o relator da reforma do código estejam emboladas, a matéria está a um passo de ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. O IBAMA ficou espantado de constatar a presença de desmatamentos ostensivos, com o uso dos chamados "correntões". Os crimes ambientais estariam sendo cometidos com a intenção de abrir áreas que possam vir a ser legalizadas pela nova legislação.

Preocupada com a situação, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu-se esta semana com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para que o governo trace uma estratégia de divulgação da má notícia que não cause impactos para a venda da soja brasileira no exterior. A tese de quem está em campo acompanhando a crise é que os produtores estejam desmatando para ampliar a produção do grão no Estado. O aumento do preço das commodities estaria influenciando a decisão dos produtores de desmatar para plantar mais.

Os novos desmatamentos fogem do padrão de derrubada da vegetação nativa registrada nos últimos anos. O município que mais desmatou no Mato Grosso foi Alto Boa Vista, que entre agosto de 2010 e abril deste ano destruiu 97,6 quilômetros quadrados. No período anterior, a cidade tinha desmatado uma área residual, de apenas 3,5 quilômetros quadrados, um aumento de quase 100% em um ano. Nova Ubiratã também desmatou grande área: 85,9 quilômetros quadrados, seguida por Bom Jesus, onde 79 quilômetros quadrados de floresta viraram terra nua.

Destruição em Mato Grosso pode ser maior.

O desmatamento da Amazônia Legal será divulgado oficialmente pelo governo hoje. Os números fazem parte do sistema de detecção do INPE chamado Deter, que, por não pegar desmatamentos muito pequenos, é um indicativo do que está havendo na floresta.

A medição definitiva é confirmada pelo sistema Prodes, que só sai em novembro, após checagem dos dados de todo o período analisado (agosto do ano anterior a julho do ano vigente). O IBAMA trabalha com a tese de que o Deter detecta 70% do que o Prodes detecta. Sendo assim, no caso de Mato Grosso, além dos 753 quilômetros quadrados de desmatamento já registrados, seriam somados ainda 682 quilômetros quadrados desmatados até o final da medição, gerando total de 1.435 quilômetros quadrados derrubados. 

Participação na 1ª Feira Tecnológica e Científica do Ensino Fundamental

Voluntários passando as informações para os estudantes
Localizada num bairro da periferia da cidade de Manaus, a Escola Municipal Raimundo Botinelli, convidou o Greenpeace para participar da 1ª Feira Tecnológica e Científica do Ensino Fundamental na data do dia 11 de maio. O nosso grupo de voluntários foi lá e participou com toda categoria de quem está no terceiro setor para promover a defesa do meio ambiente de forma pacifista.

A espaçosa quadra poliesportiva coberta estava repleta de stands de várias ONGs e Instituições diversas. Tudo combinado em stands padronizados, mas conseguimos um diferencial com nossa chamativa barraca. Não tinha como não olhar pra estrutura verde composta de lindos banners informativos e de voluntários também esverdeados. Os voluntários presentes: Mário Orestes, Claudia Maria, Rafael Ladislau, Simone Leal, Bruno Leão, Ronaldo Guilherme e Carlos Alberto, quase não tiveram folga com a quantidade de alunos, professores e visitantes presentes constantemente no stand e que se informavam a respeito de aquecimento global, queimadas na Amazônia, dos perigos da energia nuclear e as inúmeras viabilidades das fontes de energias renováveis. Tudo passado de forma didática, esclarecida e bastante divertida. Os prospectos sobre os temas tratados quase se esgotaram, mas satisfizeram a todos no tocante a informação.


A barraca do Greenpeace com presença constante de visitantes

Com um notebook, o grupo disponibilizou para o público participação na cyberação da petição contra a construção de Angra 3. Muitos estudantes, nunca haviam tido contato nenhum com o Greenpeace. Outros mais, nem sabiam da existência da ONG. O mais gratificante mesmo foi a oportunidade de levar a essas pessoas, não apenas a informação da existência do Greenpeace, mas sim, a conscientização de que temos de tomar um posicionamento a respeito de todas essas questões ambientais que afetam nossas vidas diretamente. Sempre frisando também a importância de uma visão sustentável nos recursos de forma a deixá-los disponíveis para as futuras gerações. Tudo era absorvido pelos atenciosos alunos.

Em 4 horas de atividade, as expectativas foram superadas. Contatos trocados com professores para outras atividades semelhantes, material quase todo distribuído, algumas participações na petição online e 120 visitas registradas em nosso stand. Sensação de dever cumprido e estímulo renovado para continuarmos levando nossa mensagem verde para aqueles que serão parte do futuro de nosso país. Que venham outras escolas.

Congresso, Desliga a Motosserra!



Está virando uma novela, com vários e vários capítulos, sem perspectivas de bons resultados a curto prazo.  A votação do Novo Código Florestal já se arrasta há mais de seis meses e o Greenpeace segue lutando ativamente para a proteção das nossas florestas, mas, quais são realmente os frutos podres que podem sair dessa colheita?

O projeto do deputado Aldo Rebelo amassa e joga no lixo 78 anos de tradição das leis ambientais brasileiras, que sempre primaram pela preservação dos nossos recursos naturais e florestas, e as transforma em um instrumento que premia o desmatamento, anistia os criminosos ambientais e dispensa a agropecuária das obrigações de recuperar o seu passivo ambiental. É natural que as leis sejam revistas de tempos em tempos, mas não de maneira torta. Uma lei não pode se adaptar aos interesses de um único grupo, a Bancada Ruralista do Congresso.

Para entender melhor as modificações propostas pelo deputado é necessário saber pelo menos duas coisas: o que são Áreas de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal. As APPs são todas as florestas ou vegetações naturais situadas a pelo menos trinta metros nas margens dos rios e lagos, nos topos de morros e nas encostas. Pretende-se com o modelo proposto por Aldo Rebelo diminuir para quinze metros as Áreas de Preservação Permanente, mantenedoras do equilíbrio ambiental dos rios e segurança das encostas. Já as Reservas Legais são áreas de tamanho predefinido variáveis de acordo com a propriedade que o agricultor deve manter com mata nativa, ou, caso tenha sido degradada, reflorestar com plantas correspondentes ao bioma em que se encontra. Nesse ponto Aldo é taxativo: deve-se aniquilar a reserva legal sob o pretexto de que diminuiria a capacidade produtiva e econômica do pequeno agricultor. O novo Código Florestal prevê ainda a anistia de todas as pessoas que desmataram a Reserva Legal e as APPs, incluindo aí os gigantes do agronegócio - sim, desmatar essas áreas segundo o Código Florestal em vigor é considerado crime, passível de multa e pena de três meses a um ano de prisão.

Com o conhecimento acumulado em uma década de atuação na Amazônia e em campanhas que envolvem o agronegócio brasileiro, propomos cinco pontos a serem contemplados no texto em discussão:
  • Manutenção dos atuais índices de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, mas permitindo e apoiando o uso agroflorestal dessas áreas pelo agricultor familiar;
  • Obrigação da recuperação de todo o passivo ambiental presente nas Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, não aceitando a anistia aos desmatadores, mas apoiando economicamente aqueles que adquiriram áreas com passivos para que recuperem essas áreas;
  • Desmatamento Zero em todos os biomas brasileiros, com exceção dos casos de interesse social e utilidade pública, consolidando a atual tendência na Amazônia e bloqueando a destruição que avança a passos largos no Cerrado e na Caatinga;
  • Tratamento diferenciado para a agricultura familiar (segundo a lei 11.326/2006), incluindo os agricultores da Amazônia, de várzea ou terra firme, que têm no equilíbrio ambiental um dos pilares da sua sobrevivência na terra, com apoio técnico público para recuperar suas áreas e gratuidade de registros;
  • Criação de políticas públicas consistentes que garantam a recuperação produtiva das áreas protegidas pelo Código Florestal, com a garantia de assistência técnica qualificada, fomento e crédito para implantação de sistemas agroflorestais, garantia de preços para produtos florestais e pagamentos de serviços ambientais. 

    Em verdade Aldo Rebelo veste-se com a carapuça do bom moço, defensor do pequeno produtor e do desenvolvimento econômico através da agricultura e pecuária, quando de fato visa defender apenas os interesses de um pequeno grupo. O Brasil possui terra aberta suficiente para continuar -  e mais que duplicar - a sua produção agropecuária sem desmatar mais nenhum hectare de floresta. O problema, portanto, não está na lei, e sim na forma de produção que em muitos lugares ainda é de baixa produtividade e não utiliza os recursos tecnológicos já existentes. Precisamos é de políticas agrícolas modernas, e não de mais desmatamento.

    Sim. Queremos um país mais verde, onde a preservação anda ao lado do desenvolvimento, mas acima de tudo queremos um futuro. Um futuro com árvores, é claro.


    Fontes: Greenpeace, Código Civil Brasileiro.

    A Energia que Mata


    Tremor, alarde, caos e temor. São tragédias como a acontecida no Japão que nos fazem repensar sobre a nossa insignificância, enquanto seres vivos diante das forças da natureza, e como, por mais que se tente prever os resultados, tudo pode ser pior do que o imaginado. A Energia Nuclear não representa riscos apenas em situações extremas, como um terremoto de alta magnitude. As usinas nucleares estão suscetíveis a inúmeros e diferentes tipos de acidentes, na geração, no transporte do combustível para as usinas e no descarte do lixo radioativo. E o investimento não compensa.

    Movidos pela vontade de fazer a diferença e de ter um futuro mais verde, com a geração de energia limpa e economicamente viável, voluntários do Greenpeace em Manaus realizaram no Parque Ponte dos Bilhares, zona Centro-Sul, uma atividade contra a construção de Angra 3. As crianças interagiam e pintavam bastante, enquanto seus pais se informavam um pouco mais sobre a Organização e sua luta contra o avanço dos investimentos em energia nuclear.

    O Grupo deixou o parque às 21:00h com o prazer da tarefa bem cumprida e, acima de tudo, a realização pessoal de cada um dos envolvidos.

    Contamos com a sua participação. Acesse o site www.greenpeace.org.br e saiba mais sobre o nosso trabalho, além de assinar a petição online, onde você, como cidadão, se manifesta, sem vínculo algum com o Greenpeace, contra a construção de Angra 3. Ou entre em contato conosco através das Redes Sociais.


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