Comissão do Meio Ambiente adia votação do projeto de lei “Floresta Zero”

Ativistas do Greenpeace protestaram ontem (28), em Brasília, durante a reunião da Comissão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Estava em pauta a votação do projeto de lei 6.424/05 do senador Flexa Ribeiro (P SDB-PA), conhecido como "Floresta Zero". Após o protesto, a votação foi adiada por uma semana.

Ativistas acorrentados carregavam sirenes e cartazes com os dizeres "A bancada da motosserra quer acabar com nossas florestas", lembrando que o projeto de lei inclui uma série de propostas que ameaçam as florestas brasileiras. O protesto teve a adesão de muitos que assistiam à reunião e durou mais de uma hora. Após serem retirados pela Policia Legislativa e prestarem esclarecimentos, os ativistas foram liberados.


A volta desse PL, que tramita desde 2005 com vários textos diferentes, é uma aberração. O texto é a cópia fiel de uma “proposta” da CNA para reformar o Código Florestal. Mesmo se fizesse algum sentido discutir a Floresta Zero, a questão deveria ser pauta da comissão especial criada especialmente para este fim.
Os principais pontos do “atual” Floresta Zero:
1 – Desmatamento Zero para as florestas nativas de todo o país.
2 - Anistia para todo mundo que desmatou antes de 2006.
3 - Reduz a Amazônia legal para a dimensão do Bioma.
4 – Estados definem o que pode e o que não pode fazer em Área de Proteção Permanente (APP).
5 - Reduz RL no Cerrado de 35% para 20%
6 -  Inclui APP no cálculo da Reserva Legal para todos (pequenas e grandes propriedades).
7 - Permite plantação exóticas em até 50% da Reserva Legal (
autoriza a recuperação da cobertura florestal seja feita com monoculturas (dendê e outras palmáceas produtoras de óleo, além de eucalipto e outras espécies exóticas) em 30% da área ilegalmente desmatada). 
8 – Permite compensação em qualquer lugar do país
9 - Topo de morro deixa de ser considerado APP.

A preocupação com as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global passou longe das discussões de hoje. Mais uma vez a bancada ruralista fez questão de ignorar que o desmatamento é a maior causa das emissões de gases do efeito estufa pelo Brasil. 
Em dezembro, representantes de todo o mundo estarão reunidos em Copenhague para definir o que será feito para conter o aquecimento global. “Em relação às nossas florestas, o que o Brasil precisa levar para Copenhague é o compromisso com o desmatamento zero e não pode fazer isso aprovando projetos de lei como o proposto pelo deputado Flexa Ribeiro”, diz D´Ávila
.


Greenpeace entrega pedidos da população para que Lula salve o clima

Ontem (27) foram entregues no Ministério das Relações Exteriores as mais de 77 mil assinaturas que coletamos através da petição “Salvar o Planeta.É Agora ou Agora”, com um pedido para o presidente Lula assumir metas concretas contra o aquecimento global antes da 15ª Conferência do Clima da ONU, que será realizada em dezembro, em Copenhague. O Ministério das Relações Exteriores é quem representa o país nas negociações internacionais de clima.



Os 8 ativistas montaram uma espécie de varal ao longo do Palácio do Itamaraty onde ficaram expostas 108 folhas da petição em tamanho maior, cada uma com a bandeira do estado de origem de seus signatários, simbolizando o alcance nacional das assinaturas. Dois ativistas seguravam pilhas com as petições reais, enquanto os outros exibiam faixas com a mensagem “Lula, não estamos pedindo muito. É só salvar o planeta”. As petições foram recebidas pelo conselheiro do Itamaraty, André Odenbreit.


“Durante todo o ano, o Greenpeace esteve nas ruas para mostrar para a população como o Brasil pode lidar com as mudanças do clima. Agora chegou a hora do presidente escutar as vozes dos milhares de brasileiros preocupados com o planeta. Ele tem a caneta e o apoio popular para tomar as decisões necessárias”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora de mobilização da campanha de clima do Greenpeace. 
A petição faz parte da campanha de clima do Greenpeace e circulou desde o começo deste ano. A coleta de assinaturas começou em janeiro, durante a passagem do navio Arctic Sunrise pelo Brasil e continuou nas atividades de rua, escolas e também via internet até meados de outubro. 
Todas as 77.243 pessoas que assinaram a petição foram informadas sobre a urgência das mudanças do clima e a importância da adoção de metas de redução de gases do efeito estufa.



Confira mais fotos na galeria do Greenpeace Brasil.

Contribua, do seu computador, para reduzir a emissão de gás carbônico

Se alguém pensa que mudança climática é um problema tão complexo e tão grande que só os governos podem ajudar a resolver, é melhor pensar de novo. A AlmapBBDO e o Greenpeace (, com a assessoria técnica do Centros de Estudos Avançados do Recife, C.E.S.A.R, – um dos principais centros de tecnologia da informação no Brasil – desenvolveram um projeto que permite a qualquer pessoa, sem grande esforço e sem alterar radicalmente o seu modo de vida, contribuir para a redução das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Ele se chama Black Pixel e funciona a partir da tela do seu computador.

O projeto baseia-se num programa que pode ser capturado através da Internet e instala um quadrado preto na tela. É possível desligá-lo a qualquer hora. Mas enquanto está funcionando, o quadrado reduz o consumo de energia e as emissões de CO2. O desafio é chegar a 1 milhão de Black Pixels instalados, que equivaleriam à uma economia de 57 mil watts/ hora ou a manter apagadas 1.425 lâmpadas de 40W por uma hora. Uma usina à carvão, para produzir a mesma quantidade de energia, emitiria 70 kg de CO2.

Portanto, enquanto nossos políticos evitam enfrentar a crise climática, com o Black Pixel, você pode começar a agir para pelo menos diminuir a dimensão do problema. Instale o programa e avise aos seus amigos, colegas e familiares. Quanto mais gente usar o quadrado, melhor será para o planeta. O projeto só funciona em monitores de tubo e de plasma. Para instalar o Black Pixel sem nenhuma complicação acesse o
 site do Black Pixel.


O Projeto Black Pixel também está no Youtube. Assista:



Ministério da Agricultura avança no rastreamento eletrônico da pecuária

"Temos áreas suficientes e mal utilizadas.  Não há nenhuma razão de qualquer pecuarista reclamar que estamos restringindo a produção."  É se baseando nessa afirmação, dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, ao site Globo Amazônia, que está sendo estudado pelo Mapa, um controle eletrônico baseado em imagens de satélite com o objetivo de impedir a criação de gado em áreas desmatadas a partir do ano que vem.


Através do georreferenciamento das fazendas (terão suas áreas medidas eletronicamente) e monitoramento via satélite, pretende-se acompanhar a produção de cada fazenda e, caso haja desmatamento, o sistema irá bloquear a fazenda, impedindo assim o transporte e a venda do gado.


O programa tem previsão para começar em janeiro de 2010, com 14 mil fazendas cadastradas nas regiões oeste e leste do Pará.  Em um ano, o ministério pretende acompanhar toda a produção bovina do Estado e, a partir de 2011, expandir o programa para todo o bioma Amazônia.  Até o final do ano que vem, está previsto o investimento de R$ 1,5 milhão no projeto.


Essa ação é reflexo da denúncia feita pelo Greenpeace através do relatório “A Farra do Boi na Amazônia”, que mostrou como grandes frigoríficos estavam comprando gado de áreas desmatadas ilegalmente, resultando em mais desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas.


O programa, no entanto, não irá associar ao cadastro das fazendas listas de áreas embargadas publicadas pelo Ibama o cadastro de propriedades rurais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a relação dos empregadores que utilizaram mão-de-obra análoga à escravidão, publicada a cada seis meses pelo Ministério do Trabalho.


É um importante passo rumo ao desmatamento zero, mas ainda há muito a ser feito.

Comunitários bloqueiam e retém balsa com madeira ilegal no rio Arapiuns



 Duas balsas carregadas de madeira ilegal estão, desde o último sábado, retidas por moradores da Gleba Nova Olinda, no município de Santarém, oeste do Pará.
Moradores de comunidades rurais à beira do Rio Arapiuns, estão bloqueando embarcações carregadas de madeira. Eles dizem que o produto foi retirado ilegalmente da Floresta Amazônica.
O protesto quer chamar a atenção do governo do Pará para o caos fundiário e a intensa atividade de exploração de madeira na Gleba que, segundo os moradores, é ilegal. De acordo com relatos locais, a cada semana de cinco a dez balsas de madeira descem o rio.


O bloqueio, iniciado no feriado de 12 de outubro, acontece dois anos depois da chamada descentralização da gestão florestal na Amazônia. Quando a competência pelas autorizações por novos planos de manejo passou para os estados, a expectativa era de agilizar o combate à ilegalidade. No entanto, o que aconteceu na realidade foi que as deficiências dos órgãos estaduais de meio ambiente diminuíram o controle sobre o fluxo da produção de madeira amazônica.


Ainda que a situação no estado do Pará seja bastante crítica, essa é a realidade de outros estados da Amazônia também. “Infelizmente, além de toda a problemática socioambiental ligada à exploração ilegal de madeira, esse despreparo dos órgãos ambientais compromete a meta de redução de desmatamento e põe em risco o potencial das florestas no combate ao aquecimento global. As florestas degradadas pela extração madeireira inadequada estão condenadas a uma morte lenta” argumenta Raquel Carvalho, da campanha Amazônia do Greenpeace.

De acordo com os comunitários, a cada semana mais de cinco balsas carregadas de madeira saem pelo rio sem nenhuma fiscalização. 

Uma equipe de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente do Pará deve chegar ao local nesta quinta-feira (22) para apurar denúncias.


Confira na galeria de fotos do Greenpeace Brasil.

É campeãããão, é campeãããão…

Segundo o portal do Estadão, nesta segunda-feira, dia 19, a petição do Greenpeace cobrando do governo brasileiros metas ousadas para levar para a Convenção do Clima que acontecerá em dezembro, em Copenhage, atingiu o topo dos assuntos mais comentados referentes ao presidente Lula no Twitter. A petição, até agora, foi assinada foi assinada por quase 42 mil pessoas on line. Clique aqui para assiná-la. As assinaturas coletadas nas ruas de oito capitais brasileiras ainda estão sendo contabilizadas. Na última parcial, já eram mais de 30 mil. O número final  tem tudo para ficar em torno de 40 mil.

Produção de urânio na Amazônia pode levar país a exportar o minério

O presidente da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Trajan Filho, afirmou que a empresa negocia um acordo para a extração de urânio com a mineradora peruana Minsur. A mineradora comprou, no ano passado, os direitos de exploração da mina do Pitinga, no município de Presidente Figueiredo (107 km de Manaus), antes pertencentes ao grupo Paranapanema.

Além de Angra 1 e 2 - ambas em operação - e Angra 3, que passa a operar em 2014, quatro novas usinas nucleares são planejadas para entrar em funcionamento no Brasil até 2030 e deverão usar 250 toneladas por ano de urânio.

Mas, antes mesmo de a primeira classe dessas quatro novas usinas começar a operar, e sem contar com o potencial de Pitinga, o Brasil produzirá 2800 toneladas de urânio por ano. E usando menos do que a terça parte disso.

Trajan Filho defende que o país exporte o urânio que produzir a mais para geração de energia nas usinas nucleares. Em 2014, o Brasil planeja dominar em escala industrial todas as etapas do combustível nuclear.

Nos últimos anos, ganhou espaço a tese de que a energia nuclear é mais limpa do que a tradicional queima de combustíveis fósseis (termoelétricas) pois não emite gases do efeito estufa que agravam o aquecimento global. Mas, se considerarmos a mineração do urânio, a construção da usina e seu posterior desmantelamento, as nucleares emitem muito mais gases do que outras formas de energia.

E isso tudo sem falar na produção do lixo radioativo. Para perder seu efeito radioativo, o urânio precisa ficar armazenado por milhares de anos e ser tratado com enormes cuidados. Esse problema poderia ser mitigado com o reprocessamento do mineral (tecnologia que o Brasil não possui), mas que é feito por meio desse processo que o plutônio, utilizado em armas nucleares, é gerado.

Para garantirmos um futuro saudável para essa e as próximas gerações, devemos optar pelas fontes de energia renovável - como biomassa, pequenas hidroelétricas (PCH), eólica e energia solar - que asseguram a sustentabilidade da geração de energia a longo prazo e  reduzem as emissões atmosféricas de poluentes, deixando assim a energia nuclear como um passado perigoso.

Dia Internacional da Alimentação

Ainda seguindo na linha alimentação x clima, nossos voluntários estarão nas ruas nos dias 16, 17 e 18 de outubro passando informações sobre como nossos hábitos alimentares podem ajudar a salvar o clima do planeta.

Quer saber o que você pode fazer? Então visite o site especial ou vá até os locais das atividades do grupo e participe do Jogo da Alimentação.

Programação:


- 16/10 (sexta-feira)
Na Ponta Negra das 19:00 às 21:00 horas.

-17/10 (sábado)
No parque Ponte dos Bilhares das 17:00 às 21:00 horas.

-18/10 (domingo)
Na feira da Eduardo Ribeiro das 8:00 às 12:00 horas.

Ajudar o planeta é mais fácil do você imagina

Através de pequenas ações diárias, podemos sim minimizar nossos impactos na natureza. Quer uma prova? Então vamos falar da sua alimentação.

A relação entre alimentação e clima é direta. Uma enorme parte das emissões de gases de efeito estufa é ocasionada indiretamente por nossos hábitos alimentares. Quando vamos ao supermercado, não apenas compramos produtos, mas escolhemos o modelo de agricultura, de pesca, de coleta e de produção que queremos estimular no país.

Já existe consenso em todo o mundo sobre a necessidade de brecarmos as mudanças climáticas. Também é sabido que certo aquecimento é inevitável e que muitas coisas certamente vão mudar com isso. As constatações dos cientistas são alarmantes.

Em 2015, precisaremos ter estabilizado as emissões globais de CO2. Até 2050, devemos ter construído uma economia de carbono zero. Isto se quisermos deixar um planeta habitável para as futuras gerações.
O aumento na incidência de eventos climáticos extremos com temperaturas elevadas e enchentes no território brasileiro entre 1970 e 2008, causou a morte de mais de seis mil pessoas e prejuízos da ordem de US$ 10 bilhões.

Além disso, as mudanças climáticas podem ter um enorme impacto na própria produção de alimentos pois transformará o mapa da produção, reduzir produtividade, e inviabilizar o cultivo em regiões necessitadas, como por exemplo, o semi-árido nordestino.

Mas, voltando para alimentação. Para sabermos como nossa alimentação está impactando o planeta de alguma forma, precisamos saber a origem do que está no nosso prato.

Atualmente a maior parte da carne consumida no Brasil tem grandes chances de ter origem no desmatamento da Amazônia, e no caso do peixe, o nosso inocente sushi pode ser fruto de um modelo de pesca que não se sustenta por muito mais tempo e o  modelo de agricultura pelo qual produtores cultivam nossos alimentos está diretamente ligado à nossa saúde e ao meio ambiente. Derrubar a floresta para a expansão agrícola, como aconteceu fortemente no caso da soja na Amazônia, é uma péssima forma de desenvolver a agricultura.

Outro exemplo de péssima prática para o meio ambiente é o plantio de transgênicos (plantas onde o homem coloca genes tomados de outras espécies, como bactérias e vírus), praticado há cerca de dez anos no Brasil.
Além do fato de, nesse período, ter havido aumento no uso de veneno no campo (e conseqüentemente em nossos pratos), os transgênicos têm efeitos cruéis sobre a biodiversidade.

A contaminação de lavouras convencionais e orgânicas pelas sementes transgênicas já é fato, e variedades tradicionais estão correndo o risco de se perderem.
Portanto, saber a origem do seu alimento e como foi produzido é essencial para salvar o planeta com a boca.




Esse post foi escrito também como parte do movimento Blog Action Day. Hoje, 15 de outubro de 2009, somamos 7.288 blogs, em 136 países, formamos 11.298.478 leitores que entrarão em contato com esse tema tão importante: Mudanças Climáticas




Saco é um saco!




O Dia do Consumidor Consciente será comemorado 15 de outubro e este ano traz um desafio para o Brasil: Você ficaria um dia sem usar sacolas plásticas? A ação individual promovida pelo Ministério do Meio Ambiente espera motivar as pessoas a recusarem sacos plásticos e optarem por sacolas retornáveis, para assim, adotarem hábitos menos agressivos ao meio ambiente em sua rotina diária.


Os dados sobre uso das sacolas plásticas na Brasil são alarmantes. Segundo o MMA, estima-se que 1,5 milhão de sacolas plásticas são consumidas a cada hora, o equivalente a 36 milhões em 24 horas – números altos o suficiente para fazer o consumidor aderir a campanha e poupar gastos com recursos naturais em um único dia.


Ser “retornável” é a melhor e mais importante característica das sacolas resistentes ou ecobags, que se tornaram o símbolo do consumidor consciente e do combate ao uso de sacolas plástica. Mas elas precisam RETORNAR! Elas precisam retornar à padaria, ao supermercado, à farmácia. Não adianta ter uma coleção de sacolas retornáveis lindas, uma francesa, outra australiana, de todas as cores e tamanhos, se elas nunca cumprem sua função de RETORNAR várias e várias vezes às lojas onde fazemos compras.


Muita gente fala que os supermercados têm de dar opções, oferecer sacolas retornáveis de graça ou mais baratas, mas poucos falam se estão efetivamente retornando com suas sacolas para novas compras. Usar ecobags é uma questão de hábito, que precisa passar a fazer parte do nosso cotidiano. Vai chegar o dia em que sair de casa sem a sacola retornável vai ser tão esquisito quanto andar de carro sem cinto de segurança ou fumar em local fechado.


Pegue esse hábito você também!


Lula, Vá para Copenhagen!!

Em ação realizada em Brasília, ativistas do Greenpeace levaram hoje ao presidente Lula um pedido: que assuma metas concretas contra o aquecimento global e vá para Copenhague, na Dinamarca, em dezembro para garantir um acordo ambicioso, justo e efetivo na Conferência do Clima da ONU. O protesto aconteceu na frente do Centro Cultural Banco do Brasil, onde o presidente discutiu com diversos ministérios a posição que o país apresentará na conferência.




Os ativistas chegaram ao local usando fantasias que representam os setores envolvidos na questão de clima: uma vaca simbolizava o desmatamento na Amazônia, um homem-placa solar para simbolizar as energias renováveis, uma tartaruga marinha representando os oceanos, além de uma máscara do presidente. Os ativistas encerraram o protesto protocolando uma mala de viagem, uma representação de uma passagem aérea para Copenhague, onde acontecerá a Conferência do Clima, além de um formulário de imigração com o caminho que o Brasil deve seguir na luta contra o aquecimento global.
O primeiro passo a ser dado pelo presidente é zerar o desmatamento da Amazônia até 2015. A meta apresentada pelo governo federal – redução de 80% do desmatamento até 2020, com relação à média do corte registrado entre 1996 e 2005 – é insuficiente para lidar com o desafio das mudanças climáticas, pois significa que entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão de árvores poderiam ser derrubadas na Amazônia na próxima década.

“Desmatamento zero não significa que nenhuma árvore será cortada, como o presidente Lula sugeriu na semana passada na Suécia. Significa trabalhar de forma sustentável, promovendo a manutenção da floresta e dos serviços ambientais que ela presta”, afirma Talocchi. “O Brasil deve olhar as negociações para evitar as mudanças do clima como uma oportunidade de contribuir com o meio ambiente e ao mesmo tempo gerar empregos, desenvolver tecnologias e lucrar com a preservação da floresta. O país só tem a ganhar, mas parece que o governo não enxerga isso.”

O Greenpeace também defende que, até 2020, pelo menos 25% da eletricidade do país seja gerada a partir de fontes renováveis de energia como vento, sol, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O investimento nesta área criaria 300 mil novos empregos diretos no país nesse período, e 600 mil até 2030.

Além disso, o Greenpeace propõe que o governo brasileiro transforme pelo menos 30% do território costeiro-marinho do Brasil em áreas protegidas até 2020. Os oceanos são importantes reguladores climáticos, pois absorvem o CO_2 – principal gás do efeito estufa – da atmosfera. Mantê-los saudáveis é essencial para garantir a continuidade desse serviço ambiental.






Cúpula Amazônica debate proteção das florestas

A Confederação Nacional de Municípios do Brasil - CNM realiza, 7 a 10 de outubro de 2009, em Manaus, a Cúpula Amazônica de Governos Locais, com o objetivo de enviar a Carta de Manaus à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhagen.

Diversos cientistas de instituições da Amazônia e de outras regiões debaterão sobre as alternativas para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social dos povos da floresta. Representantes de municípios da Amazônia brasileira e peruana vão debater sobre a participação da sociedade civil na proteção das florestas.




O evento vai estimular debates em painéis temáticos, grandes plenárias e reuniões setoriais sobre gestão ambiental, tendo como tema central a Inclusão da Amazônica nas Negociações Globais de Mudanças Climáticas.As soluções ambientais locais serão abordadas em discussões transversais sobre licenciamento ambiental, regularização fundiária, saneamento básico, habitação e mobilidade urbana

Faltando menos de 60 dias para a reunião climática mais importante do ano é que nossos governantes pareceram acordar para a importância da Amazônia para o clima do planeta.
Mande uma mensagem para o governo brasileiro e peça o desmatamento zero para assegurar a conservação da floresta amazônica!


Seleção de Voluntários - faltam poucos dias!


Para ser voluntário é preciso atender a alguns critérios fundamentais como: ser maior de idade, disponibilidade de tempo (fim de semana e ao menos um dia útil), ser comunicativo, responsável e, principalmente, ser engajado com as causas ambientais.
Os voluntários realizam atividades de engajamento público, levando a mensagem e as campanhas do Greenpeace para as ruas. Nosso papel na sociedade é divulgar a preservação do meio ambiente de acordo com as campanhas da organização.
Em Manaus, trabalhamos principalmente com as campanhas Amazônia, Energia e Clima.
E ai, quer se voluntariar? Mande um e-mail com seus dados (nome, idade, telefone e e-mail) para os seguintes endereços: mariorestes@hotmail.com e jherrera@amazon.greenpeace.org até o dia 09 de outubro.
Não tem tempo para ser voluntário? Então ajude o Greenpeace virtualmente sendo um cyberativista! Acesse nosso site e clique na opção “Cyberativismo”.
Não tem muito tempo livre para acessar a internet também? Então seja um colaborador e ajude o Greenpeace a manter as campanhas, assim você também está contribuindo com o nosso trabalho!

Para mais informações sobre o trabalho voluntário acesse Voluntariado.




Faltam apenas 10 dias para acordo climático, alerta ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste sábado (3) que os negociadores têm apenas dez dias para assegurar um acordo global climático e que os governos não devem retardar o progresso do pacto por causa de problemas internos.

As Nações Unidas esperam unir 190 governos no início de dezembro em Copenhagen para finalizar um acordo em relação às emissões de gases de efeito estufa, visando substituir o Protocolo de Kyoto, que irá expirar em 2012.

 “Há apenas 10 dias para se negociar antes que estejamos em Copenhagen", ele disse em um discurso na Universidade de Copenhagen, referindo-se às discussões preparatórias para o encontro na COP15.

Negociadores estão em Bangkok discutindo o tema até 9 de outubro. No início de novembro, eles vão se reunir em Barcelona para a última previa antes de Copenhague.

O secretário-geral afirmou que o sucesso depende dos Estados Unidos, apesar de reconhecer que o presidente Barack Obama poderá ter dificuldade em ter toda a legislação necessária pronta até o encontro em dezembro. Os Estados Unidos, um dos países que responde atualmente pelos índices mais altos de emissões de gases do efeito estufa, ficaram fora do Protocolo de Kyoto quando este foi adotado em 1997.


O Brasil tem um papel importantíssimo para o sucesso das negociações em Copenhagen, já que figura entre as maiores economias do mundo e também entre os maiores poluidores devido ao desmatamento da Amazônia e o mau uso do solo, além de influenciar muitos países nas tomadas de decisões, por isso uma postura positiva e comprometida com metas fortes é fundamental durante as negociações .

Mande uma mensagem para o governo brasileiro e junte-se a nós para exigir o comprometimento em zerar o desmatamento da Amazônia até 2015, expandir a geração elétrica renovável e criar uma rede de reservas marinhas na costa brasileira para manter os oceanos vivos.

Salvar o Planeta: É Agora ou Agora!

Marfrig, Bertin, JBS e Minerva se unem pelo desmatamento zero

Os quatro gigantes brasileiros de abate e processamento de carne e couro do país deram um passo importante hoje no esforço de evitar os impactos perigosos das mudanças climáticas e anunciaram, em evento promovido pelo Greenpeace na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, os critérios socioambientais adotados para impedir que a floresta Amazônica continue a ser vítima da expansão da pecuária. Segundo dados do governo federal, a pecuária ocupa hoje 80% das áreas desmatadas na região.  As empresas Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva reafirmaram publicamente seu compromisso de não mais aceitar fornecedores envolvidos em novos desmatamentos no bioma Amazônia e adotaram um programa de seis pontos que inclui prazos para cadastro das fazendas fornecedoras diretas e indiretas e o monitoramento rigoroso do desmatamento ao longo da cadeia produtiva. A iniciativa está aberta para adesão de outras empresas do setor.
A iniciativa dos gigantes do setor vem na esteira do lançamento do relatório “Farra do Boi na Amazônia”, do Greenpeace, que expôs a relação entre a destruição da floresta e a expansão da pecuária na Amazônia. Desde o seu lançamento, os principais supermercados do país e empresas multinacionais de calçados se comprometeram a excluir o desmatamento de sua cadeia de suprimento. Hoje, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reafirmou seu apoio à iniciativa. Para o Greenpeace, o apoio dos supermercados é crucial para atrair outras empresas, de médio porte e que atuam na Amazônia, a aderirem ao acordo, sob pena de perderem mercado no Brasil e no exterior.
O evento também contou com a participação do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, que, em seu discurso, colocou a estrutura de seu Estado à disposição do setor. O governador anunciou que a meta do Mato Grosso é ter 100% das propriedades rurais cadastradas para fins de licenciamento ambiental no prazo de um ano. Para isso, o governo do Mato Grosso vai disponibilizar as ferramentas do programa MT Legal para desburocratizar e estimular o processo de cadastro e licenciamento ambiental, além de disponibilizar imagens de satélite em alta resolução para o monitoramento, permitindo, assim, a implementação de um sistema eficiente de rastreabilidade da pecuária no Estado.
“Os frigoríficos estão se comprometendo a fazer sua parte. O governo do Mato Grosso também. Agora, o governo federal precisa ir além das boas intenções e fazer a sua, para garantir a governança necessária na Amazônia a fim de zerar o desmatamento até 2015, reduzindo a emissão de gases que agravam as mudanças climáticas”, afirmou Paulo Adário, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace.  
Em apenas dez semanas, governos de todo o mundo se reunirão em Copenhague, para discutir e acordar um acordo climático consistente para evitar as conseqüências desastrosas das mudanças climáticas. “O governo Lula saiu na frente anunciando metas de redução. Agora precisa demonstrar empenho para resolver o problema no campo”, disse Adário.
O desmatamento das florestas tropicais é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa, mais do que o total emitido por todo o setor de transporte no mundo. Para o Greenpeace, um bom acordo climático só será realmente efetivo se lidar tanto com as emissões fósseis quanto da destruição florestal.

Cantando pelo clima




É prática comum no meio artístico usar a música para engajar pessoas em assuntos variados. Agora, chegou a vez das mudanças do clima.
Para chamar a atenção da população mundial sobre a urgência do tema, mais de 60 artistas aceitaram o convite da campanha TicTacTicTac e cantaram em nome da justiça climática. Duran Duran, Jamie Cullum, Milla Jovovich, Fergie e Lily Allen são apenas algumas das estrelas envolvidas.

O lançamento da canção aconteceu hoje, em Paris, com a presença do ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. A canção “Beds are burning” foi gravada pela primeira vez em 1987 pela banda Midnight Oil, conhecida por embutir o ativismo em suas músicas. Não deixe de assistir: