Péssimas notícias para os povos indígenas do Xingu

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a licença para construção da usina hidrelétrica de Belo Monte deve ser concedida pelo Ibama até fevereiro.

Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, causando impactos ambientais em uma área que pode chegar a nove milhões de hectares. A construção da AHE de Belo Monte trará impactos sociais significativos por atrair mais de 100 mil pessoas para a região, provocando aumento do desmatamento na bacia do rio Xingu, e deslocar de maneira forçada pelo menos 20 mil famílias. A alteração do ciclo hidrológico no Xingu afetará os estoques pesqueiros o que preocupa as populações do Parque Indígena do Xingu (PI do Xingu) que têm neste recurso sua principal fonte de alimento.

Continuando as notícias não tão boas no setor energético do país, a Eletronuclear anunciou que as obras de construção da usina nuclear Angra 3 devem começar também em fevereiro.

A processo de licença havia sido paralisado no ano passado pelo Ministério Público Federal, que entrou com ação civil pública contra a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) pedindo anulção da licença parcial que já havia sido concedida pelo órgão.

Concebida inicialmente ainda na década de 70, a construção de Angra 3 foi suspensa dez anos depois por falta de recursos públicos e dúvidas sobre os riscos. No ano passado, ganhou um novo fôlego, quando o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou a retomada de seu desenvolvimento, mostrando que o Brasil está indo na contramão da sustentabilidade energética, rejeitando investimento em energia limpa e renovável e  aprovando esses dois empreendimento de alto risco ambiental e social.

A opção pelas fontes renováveis de energia garante um futuro saudável, enquanto a energia nuclear representa um passado perigoso.

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